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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Jornal do Brasil - LeiaJB - Marinha Mercante está em alta

Jornal do Brasil - LeiaJB - Marinha Mercante está em alta

Marinha Mercante está em alta

Carolina Monteiro 

Expectativa de um mercado de trabalho amplo, bons salários e a possibilidade de conhecer o mundo são alguns dos atrativos que levam jovens para a Escola de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (Efomm). O curso, reconhecido pelo MEC, é oferecido em dois centros de instrução da Marinha do Brasil, localizados em Belém (PA) e no Rio de Janeiro. Os formandos recebem o grau de bacharel em Ciências Náuticas.

– Tinha vontade de viajar, interessei-me pela carreira mercante principalmente por oferecer essa possibilidade – conta Igor Guimarães, aluno do último ano da Efomm.

No Rio, as aulas são ministradas no Centro de Instruções Graça Aranha (Ciaga). Para atender a demanda do setor mercante, a instituição aumentou o número de vagas oferecidas nos últimos anos.

– Em 2010, ingressam no Ciaga 240 alunos. Em 2008, entraram 150 e, em 2009, 210 – informa o comandante do Corpo de Alunos, o capitãode-fragata Paulo Maurício de Souza.

O aumento de vagas acompanha o crescimento do número de mulheres inscritas.

– Na última turma, as mulheres representam quase 50% dos inscritos – calcula o presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar), Severino Almeida Filho.

O ingresso no curso se dá por meio de concurso público.

Os aprovados passam por um período de adaptação, que dura duas semanas. Durante o internato, eles são integrados à estrutura do centro de instrução e ao regime militar.

A rotina no Ciaga No Curso de Formação de Oficiais da Marinha Mercante, os alunos permanecem na escola em sistema de internato, voltando para casa somente nos fins de semana. A grade de matérias prevê aulas desde as 7h, até as 14h40, com intervalo para almoço de pouco mais de uma hora.

– O curso é bastante intenso, pois a grade de matérias é fixa, diferente de outras faculdades, nas quais o aluno pode escolher as aulas que cursam a cada semestre – diz Igor.

Durante o primeiro ano na Efomm, o estudante tem aulas de cálculo, física e português.

Ao final do ano, eles devem escolher entre a especialização em Náutica ou em Máquinas. A preferência de escolha é dada aos alunos com melhores notas.

Nos dois anos seguintes, as aulas se concentram em conhecimentos específicos de cada carreira. Quem escolhe a especialização Náutica é preparado para pilotar navios. Enquanto o estudante de Máquinas é capacitado para manipular os equipamentos do navio.

– As aulas nos simuladores, a visitação a navios mercantes e os embarques de curto período são muito interessantes – conta Igor.

Adaptação à vida embarcada Com a parte teórica do curso concluída nos três anos iniciais, os formandos passam por um período de estágio em embarcações da Marinha, quando conhecem melhor a rotina dos navios mercantes, antes de iniciar o quarto ano.

– Durante o período de estágio, os oficiais da fragata nos mostram como é a rotina à bordo de um navio – diz Igor Guimarães.

Durante o último ano, os alunos fazem a praticagem, período no qual ficam embarcados em navios mercantes. Para o curso de Máquina, essa fase dura seis meses. Já em Náutica, a duração é de um ano.

Quando conclui as atividades de estágio, o aluno recebe o diploma e pode trabalhar como Oficial da Marinha Mercante.

Diferente do que acontece em outras carreiras, o recémformado em Ciências Náuticas não tem dificuldades em encontrar um emprego.

– Hoje, no setor, o desemprego não existe para quem está adequadamente certificado e habilitado – festeja o presidente da Sindmar.

Segunda-feira, 1 de Fevereiro de 2010

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