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segunda-feira, 19 de abril de 2010

SMIT Tapeba e SMIT Tamoio no dia do Índio



No dia 19 de abril rendemos nossa homenagem aos primeiros habitantes deste imenso país, e como sabemos, a nossa frota de rebocadores levam esses nomes. 
Agora vamos conhecer um pouco a respeito dos Tapebas e dos Tamoios:

TAPEBA 



Os tapebas são um grupo indígena que habita o limites do município brasileiro de Caucaia, na Microrregião de Fortaleza, mais precisamente na Área Indígena Tapeba.
A tribo tapeba é produto de frações de diversas sociedades indígenas nativas reunidas na Aldeia de Nossa Senhora dos Prazeres de Caucaia, que deu origem ao município de Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Os potiguaras, os tremembés e os cariris são as três principais etnias que deram origem aos tapebas,[1] que habitam terras às margens do rio Ceará.
O nome da tribo deriva do tupi-guarani, e representa uma variação fonética de itapeva (ita = "pedra" e peva = "plano" ou "chato", ou seja, “pedra chata” ou “pedra polida”). Hoje, a tribo tapeba é formada por cerca de 5000 índios, distribuídos em aproximadamente 17 comunidades, sob a proteção jurídica e social da Fundação Nacional do Índio. Eles sobrevivem basicamente da agricultura, pesca e de venda de frutas e produtos artesanais fabricados na própria comunidade.
Mapa indicando a presença indígena contemporânea no Ceará. Fontes: FUNAI e FUNASA.


Reconhecimento 
O reconhecimento dos tapebas pelos órgãos governamentais é recente. Até a década de 1980, o estado do Ceará era considerado pelos registros da FUNAI como um estado onde inexistiam índios.[2] Isso aconteceu porque em 1863 o Presidente da Província deu por extinta a população indígena no Ceará, e incorporou patrimônios territoriais das aldeias.[3]
A presença indígena deixou de ser ignorada quando a Arquidiocese de Fortaleza passou a atuar no município de Caucaia junto à coletividade dos Tapeba e prestou assistência a esse processo de reconhecimento ao longo dos anos. Hoje, organizações não-governamentais como a ADELCO (Associação para o Desenvolvimento Local Co-Produzido) e FAP (Fondation Abbé Pierre por le Logement des Défavorisés), da França, também estão atentas às questões da comunidade, sendo parceiras da Associação das Comunidades dos Índios Tapeba no seu Centro de Produção Cultural.
Os tapebas tiveram suas terras identificadas e delimitadas oficialmente pela FUNAI em 23 de julho de 1993, constituindo uma área de 4.658 hectares. A demarcação, porém, só foi feita quatro anos depois. Mas a vitória definitiva ainda não foi conquistada. A homologação e o registro cartorial das terras, as últimas etapas do processo demarcatório, não foram concluídas. A comunidade aguarda o remanejamento da população não-indígena e o fim das contestações judiciais.




TAMOIO

O termo tamoios se refere a uma aliança de povos indígenas do tronco lingüístico tupi que habitavam a costa dos atuais estados de São Paulo (litoral norte) e Rio de Janeiro (Vale do Paraíba fluminense). Esta aliança, liderada pela nação tupinambá, congregava também os guaianazes e aimorés. Portanto "tamoio" não se trata de um etnônimo, ou seja, de uma tribo ou nação indígena específica.
O termo "tamoio" vem "tamuya" que em língua tupi significa "os velhos, os idosos, os anciãos", indicando que eles eram as mais antigas tribos tupis, os que mais prezavam os costumes tradicionais.
A aliança de tribos, conhecida como Confederação dos Tamoios, foi motivada pelos ataques dos portugueses e mestiços vicentinos (da atual cidade de São Vicente), liderados por João Ramalho e pelo cacique Tibiriçá, que procuravam capturar escravos entre os indígenas para trabalhar nas primeiras plantações de cana-de-açúcar.
A aliança foi formada, em 1560, por três experientes caciques tupinambás e mais algumas aldeias das etnias goitacás, guaianás e aimorés, com o claro objetivo de dar combate aos portugueses (por eles chamados de "perós") e às tribos que os apoiassem. Por décadas, os Tamoios foram a única resistência organizada contra a colonização portuguesa. Segundo relatos dos Jesuitas, os tamoios impuseram memoráveis vitórias utilizando apenas 160 canoas, embora algumas delas tivessem 13 metros de comprimento e 30 tripulantes.


Distribuição dos grupos de língua tupi na costa no século XVI.
O líder de maior autoridade dentro da coalizão era o cacique tupinambá Cunhambebe. Enquanto ele viveu, a coalizão antilusa foi bem sucedida tendo recebido, inclusive, apoio logístico e alguns contigentes franceses. Consta que na aldeia de Cunhambebe, no sítio da atual cidade de Angra dos Reis, havia no meio da taba uma peça de artilharia dada pelos franceses. Os jesuitas dão conta de que o cacique atirava com um canhonete por sobre o ombro. Operacional ou mero enfeite, ela seria uma evidência do poder dos tamoios.
Os relatos do mercenário Hans Staden também confirmam a força dos Tamoios, capazes de sitiar Bertioga várias vezes, assim como a escola jesuíta que deu origem à cidade de São Paulo.
Cunhambebe morreu de varíola e a direção da coalizão passou a outro cacique-fundador da coalizão, Aimberê, que comandava os guerreiros da baía de Guanabara. Os portugueses convenceram o cacique Temiminó Araribóia, que tinha sido expulso por Aimberê da ilha dos Gatos (atual Ilha do Governador, na atual cidade do Rio de Janeiro) para as bandas da capitania do Espírito Santo, a se juntar a ele em troca das terras na baía de Guanabara.
A coalizao foi enfraquecida pela saída dos Guaianases, que fizeram um acordo em separado com os Jesuítas. Em 1567, os portugueses e os Temiminós destruíram a França Antártica, apesar da ajuda da Confederação dos Tamoios aos franceses (por eles chamados de maíres). Os remanescentes franceses e tamoios fugiram para a região da atual cidade de Cabo Frio. Os franceses derrotados retornaram a Europa, mas os Tupinambás prosseguiram seus ataques a recém-fundada cidade do Rio de Janeiro.
Finalmente, em 1575, uma força expedicionária de quatrocentos lusos e setecentos nativos catequizados de varias etnias cercaram a região de Cabo Frio por terra e mar. Os tupinambás tamoios se renderam e entregaram suas armas, mas os portugueses massacraram todos os índios desarmados. Foi o fim da Confederação dos Tamoios. Os Goitacases prosseguiram a luta sozinhos por vários anos em torno da atual cidade de Campos dos Goytacazes.
O 2º Distrito de Cabo Frio chama-se Tamoios por ter sido um dos últimos focos de resistência da Confederação dos Tamoios.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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